Apartamentos Monsenhor Manuel Marinho

Rua do Monsenhor Manuel Marinho 23, Porto

2017-2020

Nuno Valentim, Maria Ana Sousa Coutinho

colaboraram:

Margarida Ramos, Gonçalo Morgado

41.155450, -8.671662

projecto propôs a ampliação e reabilitação do edifício, que se encontrava desabitado ao momento, mantendo o uso habitacional e organizando o espaço em cinco fracções – duas no piso térreo, duas no piso intermédio e uma no piso superior. Demoliu-se os anexos e garagem existentes para recuperação do logradouro com função de jardim. 

Na intervenção de reabilitação procurou-se preservar as características construtivas e morfológicas da habitação existente. Manteve-se o edifício principal e suas paredes envolventes originais em alvenaria de granito, adaptando o interior que se encontrava bastante adulterado.  

 

Propôs-se a ampliação deste edifício no tardoz, com uma estrutura leve, envidraçada, como tradicional no Porto século XIX/ início do século XX, seguindo o alinhamento do edifício adjacente e a proporção dos vãos de fachadas tradicionais.  

O novo volume na cobertura de quatro águas, por sua vez, propôs-se recuado relativamente aos planos de fachada de modo a distinguir-se destes, e o seu revestimento em telha cerâmica à semelhança do que acontece repetidamente na nossa cidade em pisos recuados e empenas, embora, tanto pelo tipo de telha, plana, como pelo desenho limpo da caixilharia, se quisesse também afirmar o tempo da construção. 

Reforçou-se a permeabilidade e relação urbana pelo gradeamento em ferro associado a vegetação, ajudando a filtrar e garantir privacidade, e beneficiando simultaneamente a envolvente do ponto de vista paisagístico. Quanto ao pátio frontal (à Rua do Monsenhor Manuel Marinho), manteve-se o pavimento existente em lajeado de granito. 

 

Um armário percorre longitudinalmente o interior do edifício e organiza diversas funções distinguindo áreas de serviço e circulação de áreas de estar/dormir, e concentrando a passagem de infra-estruturas 

A divisão das fracções foi desenhada para ser ajustável, consoante a necessidade, de modo que, mediante portas comunicantes, se possam associar os dois T1 num T2 no piso inferior e o T0 e o T1 no piso intermédio.