Localizada na Rua do Alfageme de Santarém, na Foz, Porto, numa área que se manteve desocupada,
aguardando o projeto da Avenida Nun’Álvares que virá transformar e ordenar este vazio urbano, ergue-se, no
local de uma anterior habitação corrente do séc. XX, que se encontrava em ruína, uma nova casa de dois
pisos, com estrutura em betão armado e fachada em chapa metálica de cor.
A casa constrói-se a partir de dois muros paralelos de betão aparente que delimitam os espaços de uso
comum – sala de estar, cozinha, wc comum e extensão da sala (quarto/ escritório) -, abrindo-se, através de
grandes vãos envidraçados, para o jardim e pátio. Os dois muros sustentam ainda um volume metálico, onde
se situam os espaços de maior intimidade da casa (três quartos e quartos de banho).
A fachada metálica, pintada a verde-água, virada a Poente, segue o novo alinhamento das restantes casas da
rua e desenha o pano de fundo do jardim que se inaugura, animado pelo movimento das portadas metálicas
do piso térreo e as cortinas e estores exteriores do primeiro piso. Este movimento dá vida ao edifício,
marcando-o pelos hábitos dos seus habitantes e integrando-os no desenho de composição da fachada.