Casa Andresen e estufas Franz Koepp

Rua do Campo Alegre 1191, Porto

2010-2013 (1ª fase), 2014-2017 (2ª fase)

Nuno Valentim, Frederico Eça

colaboraram:

Maria Ana Sousa Coutinho, Margarida Carvalho,
Pedro Lima da Costa, Rui Valentim, Nuno Borges

Luís Mendonça (sinalética e design)

International Architecture Awards 2019
Nomeação para o Prémio Mies van der Rohe 2019

41.153814, -8.642533

A Casa Andresen é um edifício singular do ponto de vista arquitectónico e excepcional no seu espaço interior, iluminação natural, escala e relação com a envolvente – o Jardim Botânico do Porto.

 

Situa-se na Rua do Campo Alegre – antiga estrada paralela ao Rio Douro que unia o centro da cidade ao mar, e tem uma área bruta de construção de 2300 m2 distribuída em 3 pisos.

 

A área do jardim onde actualmente se insere tem 47600 m2 fazendo parte de um conjunto de construções que incluem a antiga casa dos caseiros – a Casa Salabert, e um conjunto de estufas.

 

A celebração do Centenário da Universidade do Porto e a possibilidade de receber a importante exposição internacional, A Evolução de Darwin, sobre a sua vida e obra, proporcionaram a 1ª fase da reabilitação, estendendo a intervenção às estufas concebidas nos anos 60 por Karl Franz Koepp.

 

Após a desmontagem da exposição seguiu-se uma 2ª fase do projecto decorrida entre 2014-2017, tendo como objectivo a instalação definitiva da Galeria da Biodiversidade, pólo de investigação e de exposições permanentes e temporárias que está ligado aos museus da Universidade do Porto.

 

Actualmente, a Casa encontra-se em plena instalação dos módulos e equipamento destinado a cumprir o programa museográfica dirigido por Jorge Wagensberg e Hernan Crespo, concretizado pelo designer Luís Mendonça.

 

Desde o início que o director dos museus da Universidade do Porto, Nuno Ferrand, sonhava em devolver a baleia branca da Faculdade de Ciências à Casa Andresen tal como na passagem de um dos contos de Sophia de Mello Breyner Andresen.

 

Talvez seja um lugar-comum encontrarmos um esqueleto de uma baleia à entrada de um museu da ciência ou de história natural. No entanto, em nenhum vemos cumprida uma profecia poética como a que Sophia:

 

Tudo na casa era desmedidamente grande desde os quartos de dormir onde as crianças andavam de bicicleta até ao enorme átrio para o qual davam todas as salas e no qual, como Hans dizia, se poderia armar o esqueleto da baleia que há anos repousava, empacotado em. numerosos volumes, nas caves da Faculdade de Ciências por não haver lugar onde coubesse armado.

 

“A Saga”, em “Histórias da Terra e do Mar”, 1984