Localizado na margem sul do Douro, próximo da Marina de Gaia, numa área urbana em transformação, o terreno tem uma geometria relativamente regular e uma forte pendente.
A envolvente caracteriza-se, por um lado, pela predominância de habitações unifamiliares com dois a três pisos a nascente, e por outro, pelas áreas verdes que se prolongam e enquadram o Palacete de S. Paio.
Novos edifícios, de maior dimensão e pisos, estão previstos na proximidade a poente, reforçando a necessidade deste projecto fazer uma transição entre as escalas referidas.
Interpretando as referências da envolvente próxima, o projeto define-se nos dois volumes em tijolo implantados no interior do terreno, envolvidos pela mancha de árvores que se prolonga dos terrenos contíguos a poente.
Embora implantados a cotas diferentes devido à forte pendente do terreno os dois volumes são idênticos e tomam como referência as dimensões e princípio de composição do Palacete de S. Paio.
A diferença de cotas dos dois volumes e uma ligeira torção na implantação, permitiram que, do interior de todos os quartos, seja sempre possível ter perspectivas diferentes do rio Douro.
As áreas complementares que compõem o programa localizam-se em plataformas semi-enterradas, iluminadas pela abertura de pátios e grandes claraboias.
O tijolo burro à cor natural, no exterior, permite que os edifícios se diluam na encosta e, no interior, permite retirar o ar hospitalar que tradicionalmente se encontra nos programas de habitação sénior.