A Escola Francesa do Porto é um notável edifício dos anos 60 da autoria dos arquitectos Manuel Marques Aguiar, Luiz Cunha e José Carvalho Dias.
No Porto, será um dos edifícios escolares mais interessantes da 2ª metade do século XX, implantado numa envolvente paisagística única – a Quinta e Jardins do Museu de Serralves.
Este novo equipamento independente é destinado ao acolhimento e actividades com as crianças mais pequenas (pré-primária e primária).
Numa envolvente tão afirmativa como delicada, procurámos que a proposta fosse igualmente distante da pré-existência – pela própria implantação e pela sua relação com a topografia – e atenta ao enquadramento paisagístico. Assim, a forma triangular equilátera permite o distanciamento dos edifícios existentes, e simultaneamente, o uso do betão possibilita a sua integração com as construções da envolvente (predominantemente em betão e granito aparente).
À tentação de abrir excessivamente para o exterior prevaleceu a necessidade de acolher as crianças. As três fachadas são geometricamente idênticas, com uma só abertura numa extremidade.
Rompendo a continuidade da superfície cinza do betão, estas aberturas pontuais deixam entrever a cor laranja do revestimento interior do pavilhão – superfícies para os alunos se apropriarem com os seus trabalhos e actividades. Os painéis móveis (espelhado e branco) permitem que o espaço se transforme em sala de motricidade ou sala de projecção.