Quinta de Crasto, sede da Associação Biopolis

Rua do Crasto, Vairão, Vila do Conde

2018-

Nuno Valentim, Marta Pupo, Margarida Carvalho, c/ Rita Novais

colaboraram:

Marta Figueira, Rita Furtado, Sara Noronha, Nuno Cameira e Adriana Sacramento

Especialidades: Prof. Paulo Farinha Marques (arranjos exteriores / paisagismo), Prof. Eng.º Aníbal Costa / GEPEC-Trofa (estabilidade e instalações hidráulicas), Eng.º Vasco Sampaio e Eng.ª Maria da Luz Santiago / Raul Serafim e Associados (instalações elétricas / segurança contra incêndios), Eng.º Raul Bessa / GET (instalações mecânicas e gás)
Consultadoria – Prof. Eng. Vasco Freitas (comportamento higrotérmico e acústico), António Vasques (conservação e restauro)

41.3255738, -8.6756794

A Quinta de Crasto, em Vairão, Vila do Conde, é um conjunto híbrido, inserido numa paisagem campo-bouça, com uma área de, aproximadamente, 70 ha, cercada por muros, que incorpora um conjunto de construções de cariz agrícola e equipamentos – sequeiros, espigueiro, varandão, cavalariças, aidos, silos e eiras lajeadas.

 

A sua primeira construção remonta a meados do século XIX, mas a imagem actual resulta de diferentes fases de construção e de agregação de espaços como resposta às necessidades funcionais que foram surgindo em cada tempo, conferindo organicidade espacial e funcional ao conjunto.

 

O projecto consiste na reabilitação do conjunto edificado da Quinta de Crasto e sua adaptação para instalação da sede da Associação Biopolis, reconvertendo as áreas existentes em espaços de trabalho de gabinetes e open space, salas de reuniões, espaços de uso comum e espaços de laboratório.

 

A proposta assenta no princípio de valorização/recuperação do carácter arquitetónico, morfótipo, distribuição espacial, sistema construtivo e elementos decorativos, nomeadamente no que diz respeito a materiais e revestimentos, dos vários edifícios existentes. Esta intervenção implica a reabilitação construtiva dos edifícios, assim como a sua remodelação/adaptação às exigências de acesso, mobilidade e conforto actuais.

 

Dos edifícios existentes, a casa senhorial é aquela que, pela sua qualidade construtiva, contém mais elementos a preservar – nomeadamente vãos exteriores, interiores, portadas, guarnições, rodapés em madeira, soalhos pintados, tectos trabalhados em estuque, etc. A intervenção de reabilitação neste edifício procurará manter os valores diagnosticados e a compartimentação existente, introduzindo as novas infraestruturas de forma pontual e pouco intrusiva.

 

A intervenção nos espaços exteriores envolventes tem como objectivo potenciar a sua utilização como parte do conjunto, mantendo algum vestígio da sua matriz rural – principalmente ao nível dos materiais de pavimentação, revestimento vegetal e espécies.