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O prédio da Rua Alexandre Braga, propriedade da Fundação Instituto Marques da Silva (FIMS) e projectado pelo arquitecto José Marques da Silva no ano de 1923 foi construído entre 1925 e 1928. Trata-se de um edifício que o arquitecto edificou para rendimento tendo no seu desenvolvimento soluções formais distintas para o mesmo programa.
É habitualmente referido como o primeiro edifício de Marques da Silva a ser redesenhado segundo o estilo internacional, sem perder completamente as raízes Beaux-Arts.
O edifício implanta-se num lote com 8.50m de largura e 15.80m de profundidade (140m2), ocupando-o quase na sua totalidade. Não existe propriamente um logradouro mas um pequeno pátio com 3m de largura e 5.60m de profundidade que permite a iluminação natural dos espaços mais interiores.
Distribuído por seis pisos a sua organização recorda a habitação corrente plurifuncional portuense. Ao nível do rés-do-chão encontram-se duas entradas, uma destinada ao estabelecimento comercial, própria e independente, e uma segunda entrada individualizada para os restantes espaços do edifício. No 1º andar situam-se três escritórios, ficando os 2º, 3º e 4º andares destinados a habitação.
A obra de reabilitação resultou do interesse da FIMS em preservar um edifício de importantes características arquitectónicas, mantendo o seu uso original com uma viabilidade económica apoiada no arrendamento das fracções. Pequenos ajustes funcionais foram realizados nos escritórios (integração de sanitários e arrumos nas áreas interiores voltadas ao pátio) e em duas habitações (reconversão da cozinha/sanitário/área de serviço também voltadas ao pátio). Uma das habitações permaneceu com a configuração existente testemunhando o desenho original do Arq. Marques da Silva.